O que esperar da Superquarta dos juros no Brasil e nos EUA
A Superquarta volta ao centro das atenções com as decisões simultâneas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. Nos EUA, apesar da divergência recente nas falas dos dirigentes, nosso acompanhamento das declarações dos membros votantes indica uma pequena maioria favorável a um novo corte de 0,25 ponto em dezembro, afirma Luis Cezário, nosso economista-chefe.
Ele destaca ainda que a divisão interna no comitê deve influenciar o tom da comunicação do Federal Reserve:
“A profunda divisão dentro do FOMC pode fazer com que o comitê opte por ser mais cauteloso em sua comunicação sobre os passos futuros.”
No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic, com foco total no comunicado. Segundo Cezário, a combinação de inflação mais fraca e PIB do terceiro trimestre reforça que o aperto monetário está funcionando, o que pode levar a ajustes nos trechos que descrevem a política monetária como significativamente contracionista.
Ele também alerta que juros reais próximos de 10% por muito tempo podem pesar sobre a economia ao longo de 2026, à medida que os efeitos defasados do aperto monetário continuam impactando crédito, famílias e empresas.
