Ibovespa fecha acima dos 161 mil pontos pela 1ª vez
O Ibovespa renovou máximas e fechou acima dos 161 mil pontos pela primeira vez, impulsionado pelo avanço das bolsas americanas, pela expectativa de corte da Selic em janeiro e por um ambiente político que reacendeu apostas mais pró-mercado. O movimento também refletiu o impacto das pesquisas eleitorais e as incertezas que começam a se formar para 2026.
Nesse contexto, Pedro Carneiro, nosso gestor de renda variável e moedas, avaliou os fatores que contribuíram para o desempenho do índice e a forma como o cenário evoluiu ao longo do ano.
Segundo ele, o fim de 2024 foi marcado por um pessimismo exagerado em relação aos efeitos da política tarifária americana e ao risco de fortalecimento do dólar. Mas o que se viu em 2025 foi justamente o oposto:
“Tivemos as bolsas americanas subindo e um movimento de dólar fraco.”
Com as sucessivas altas da bolsa local, Pedro explica que adotou uma postura mais criteriosa:
“As convicções não estão muito altas pelo nível de preço. Acho que já deu uma bela andada.”
Ele também destaca que o ambiente global começa a mostrar sinais de maior incerteza, o que pode influenciar o próximo ano:
“O cenário lá fora agora está mais incerto. O dólar [no exterior] estabilizou há algum tempo e não está mais fraco como permaneceu boa parte do ano. Se o dólar voltar a ficar forte, isso poderia afetar 2026. Temos eleições aqui também, que aumentam a volatilidade.”
