Redução dos juros nos EUA reforça cautela, mas cenário doméstico segue favorável
O corte de 0,25 ponto percentual anunciado pelo Federal Reserve já era amplamente esperado pelo mercado. A surpresa veio no tom mais cauteloso de Jerome Powell, que indicou que as próximas decisões seguirão dependentes dos dados de inflação e emprego, já que as incertezas permanecem elevadas.
No Brasil, o movimento dos juros americanos teve reflexo imediato sobre a curva local, mas o impacto tende a ser temporário, como avalia Luís Cezário, nosso economista-chefe:
“A correção da precificação das taxas de juros futuras nos EUA afetou a precificação do DI aqui no Brasil, levando a uma pequena correção para cima nas taxas de juros futuras. No entanto, este movimento é de curto prazo. Os fundamentos domésticos seguem melhorando, com queda da inflação corrente, queda gradual das expectativas de inflação e desaquecimento da atividade econômica, sobretudo nos setores mais sensíveis à política monetária. Assim, entendemos que há espaço para as taxas de juros futuras fecharem mais ao longo das próximas semanas.”
