Projeções de diretores do Fed devem ajudar a montar o ‘quebra-cabeças’ dos juros

A matéria de hoje do InfoMoney propõe uma discussão sobre as expectativas em torno da reunião desta quarta-feira do Comitê de Política Monetária dos Estados Unidos (FOMC) e da comunicação do presidente do Fed, Jerome Powell. Os economistas estão atentos às projeções trimestrais do Fed sobre indicadores como PIB, desemprego, inflação e juros, considerando-as mais importantes do que a própria comunicação de Powell. Há debates sobre se o Fed revisará suas projeções para inflação e juros, dada a recente resiliência da inflação e a atividade econômica aquecida. Alguns economistas esperam uma postura cautelosa do Fed, adiando potenciais cortes de juros, enquanto outros preveem uma possível redução no número de cortes planejados. A incerteza em torno dessas projeções alimenta especulações sobre a direção futura da política monetária do Fed e sua credibilidade.

Luis Cezário, nosso economista chefe na Asset 1, acredita que apesar da alta incerteza e da volatilidade dos dados econômicos, os membros do Federal Reserve (Fed) provavelmente não removerão a possibilidade de um corte de juros em junho. Porém, optarão por adiar qualquer decisão e buscar mais tempo para uma análise mais aprofundada dos dados que serão divulgados nos próximos meses. Essa postura reflete a cautela do Fed diante das incertezas econômicas e sua preferência por tomar decisões embasadas em informações mais completas.

“Acreditamos que uma eventual mudança da mediana na direção de uma menor redução de juros neste ano indicaria ao mercado que é improvável que o Fed comece a cortar a taxa em junho. Uma sinalização neste sentido certamente levaria a uma reprecificação adicional da curva de juros e a um aperto das condições financeiras”, explica.

Na midia - Asset 1