Crédito privado: cautela diante de spreads comprimidos
A forte demanda por crédito privado levou os spreads — especialmente dos papéis AAA — a níveis historicamente baixos, tornando as taxas pouco atrativas e até “potencialmente perigosas”, como avaliou nosso CIO de crédito, Daniel Palaia, em entrevista ao NeoFeed.
Ele destacou:
“São empresas que têm um nível de caixa adequado, só que, nesse nível de spread, se houver qualquer ruído de mercado que provoque resgates nos fundos de crédito, são os primeiros papéis que todo mundo vai querer vender, porque são os que têm mais liquidez.”
“Estamos vendo a recuperação da bolsa e um cenário mais previsível para 2026. Se os cotistas começarem a migrar para fundos de maior risco, como multimercados e de ações, os spreads poderão abrir.”
“Meu custo de oportunidade de comprar crédito agora é muito baixo, como os spreads estão muito baixos. Então, prefiro ter caixa e esperar o momento em que os spreads irão abrir. Já vi esse filme: é um jogo de paciência.”
Diante desse cenário, a Asset1 vem aumentando a liquidez em seus fundos de crédito — atualmente em 49% no fundo high grade e 30% no fundo de infraestrutura — e priorizando prazos mais curtos, menos sensíveis à abertura dos spreads.