Copom eleva Selic para 14,25% e sinaliza ajuste menor em maio
O Banco Central elevou a Selic em 1 ponto percentual, levando a taxa ao maior nível desde 2016. Essa foi a terceira alta consecutiva de 1 p.p., refletindo a preocupação com a inflação persistente. No comunicado, o Copom indicou que pode reduzir o ritmo do aperto monetário na próxima reunião.
Nosso economista-chefe, Luiz Cezário, avalia que o cenário segue desafiador:
“A principal pergunta a ser respondida nos próximos meses é como o BC reagirá caso a atividade econômica continue enfraquecendo. Acreditamos que a composição atual do Copom é mais sensível à piora da atividade e buscará encerrar o ciclo de alta de juros assim que possível, com uma convergência mais lenta da inflação à meta para evitar que o risco de recessão se eleve demasiadamente no curto prazo. Nosso cenário base é que o comitê elevará a taxa de juros em 0,5 ponto em maio e em 0,25 ponto em junho, encerrando o ciclo de aperto monetário com a Selic em 15% ao ano.”